Segundo jornal, a lista inclui os governadores Geraldo Alckmin (PSDB) e Luiz Fernando Pezão (PMDB)
Em negociação para fechar o acordo de delação premiada com o
Ministério Público Federal, Marcelo Odebrecht e executivos da
empreiteira listaram mais de cem políticos, entre deputados, senadores,
ministros e governadores, como beneficiários diretos de desvios de verba
pública ou de repasses a campanhas eleitorais. Segundo reportagem do
jornal O Globo publicada nesta sexta-feira, entre os citados
estão os governadores de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB); de Minas,
Fernando Pimentel (PT); e do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB). A matéria
não deixou claro em que circunstâncias eles são mencionados na delação.
Também aparece na lista o ex-governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB),
que já foi citado por outros delatores, como o ex-diretor da Petrobras
Paulo Roberto Costa.
Reportagem de VEJA
publicada em junho já havia revelado os primeiros detalhes do que
Odebrecht pretendia revelar aos procuradores em sua colaboração. Na
ocasião, já havia a informação de que 13 governadores seriam citados. De
acordo com VEJA, Odebrecht também diria que a campanha à reeleição de
Dilma foi financiada com propina depositada em contas no exterior e que
os detalhes do financiamento eram tratados diretamente com o ex-chefe de
gabinete da presidente afastada Giles Azevedo.
O ponto crucial para o avanço do acordo foi a informação de que a Odebrecht estava conseguindo recuperar os arquivos do Setor de Operações Estruturas da empreiteira, responsável por operacionalizar a propina paga para a obtenção de contratos de obras públicas.
Em nota, o governador Geraldo Alckmin informou que todas as suas prestações de contas foram aprovadas pela Justiça Eleitoral. “À frente do governo de São Paulo, Geraldo Alckmin sempre pautou suas ações de forma estritamente profissional na defesa do interesse público com empresários. Geraldo Alckmin não mantém e jamais manteve relações pessoais com executivos da empresa Odebrecht”, diz o texto.
Já o governador Pimentel afirmou, por meio de sua assessoria, que não irá comentar uma suposta delação “que, se de fato ocorreu, está resguardada pelo sigilo judicial”.
O governador licenciado Pezão não quis comentar por não ter detalhes do que está sendo dito na delação. E o ex-governador Cabral “manifestou sua indignação e seu repúdio ao envolvimento de seu nome com qualquer ilicitude”. O peemedebista afirmou que manteve com a Odebrecht apenas relações institucionais.
Fonte: veja.abril.com.br
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