Autoridades turcas anunciaram nesta quarta-feira (27) a demissão de mais de 1.600 militares e o fechamento de mais de 130 meios de comunicação, informou a CNN turca. As medidas agravam a repressão após uma tentativa fracassada de golpe neste mês.
Turquia
O clérigo Fetullah Gullen, residente nos Estados Unidos, é apontado como o responsável pelo plano. Ele nega as acusações.
Um
total de 1.684 militares foi dispensado, disse a emissora. Além disso,
três agências de notícias, 16 canais de televisão e 45 jornais diários,
entre outros, receberam ordens para finalizar seus serviços,
acrescentou.
Segundo o HuffPost US, 47 jornalistas foram detidos sob suspeita de apoiarem o golpe militar que fracassou.
A
detenção dos profissionais ordenada nesta quarta-feira envolveu
colunistas e outros funcionários do jornal Zaman, agora extinto, disse
um funcionário do governo.
Em março, autoridades já ameaçavam desligar o Zaman, que era visto como um canal de mídia emblemática do movimento Gullen.
"Os
promotores não estão interessados no que os colunistas individuais
escrevem ou dizem", disse o funcionário que pediu anonimato, segundo o
HuffPost US. "Neste ponto, o raciocínio é que os funcionários de alto
escalão do Zaman devem ter um conhecimento íntimo da rede Gullen e,
portanto, poderiam beneficiar a investigação."
De acordo com a
cúpula, erca de 1,5% das forças armadas apoiaram o movimento do clérigo,
de acordo com a emissora NTV. A porcentagem representa 8.651 soldados.
Governos
ocidentais e grupos de direitos humanos assumem uma posição ambígua
nesse contexto. Ao mesmo tempo em que condenam o golpe abortado, em que
pelo menos 246 pessoas foram mortas e mais de 2.000 feridas, expressam
preocupação sobre a extensão da repressão e sugerem que o presidente
Tayyip Erdogan pode usar da força para sufocar a oposição e se manter no
poder.
(Com informações da agência Reuters)
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